Viveka KaitilaNo Papo de Minerva com Viveka Kaitila, a presidente e CEO da Genereal Electric Brasil afirmou que “não tem nada mais importante que a diversidade em todos os ambientes”. Com esta premissa ela atua continuamente para que a empresa tenha diversidade no quadro de funcionários e para garantir programas específicos às necessidades específicas.

O evento, organizado pelo Clube Minerva, teve um tom especial por ser realizado no dia 26 de agosto, Dia Internacional da Igualdade Feminina, conforme explicou a politécnica Adriana Kazan, coordenadora do Clube. A data foi criada em 1973, nos Estados Unidos, e hoje serve, segundo Adriana, tanto para celebrar as conquistas das mulheres quanto para expor a desigualdade de gênero que ainda persiste.

Nesse contexto Viveka Kaitila trouxe, além de sua atuação na GE, um pouco da própria história para falar sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Há 24 anos na empresa, ela viu o número de mulheres aumentar bastante, pois no início ela era a única representante.

Nascida na Finlândia, e no Brasil desde os quatro anos, Viveka sempre teve a equidade na própria criação familiar. Desde criança gostava muito de estudar e tinha preferência pelas ciências exatas. Chegou a cogitar cursar medicina, mas seguiu a predileção pelas exatas e se formou em ciências e matemática aplicada nos EUA. Já no mercado de trabalho, afirma nunca ter deixado o medo ser uma barreira, destacando mais uma vez o papel dos pais, que sempre a estimularam a encarar situações novas.

Apesar de nunca ter planejado ser CEO de uma grande empresa, Viveka acredita ter sido um caminho natural na carreira, pois sempre gostou de novos desafios. Ao longo da trajetória profissional, procurou se aproximar de pessoas inspiradoras, que serviram de exemplo.

Hoje, mais experiente e com uma visão ampla de toda a cadeia produtiva da empresa, é ela quem serve de exemplo para várias mulheres. Viveka acredita na equidade “para que todos possam ter a confiança de seguir os caminhos que têm interesse”.

Além da referência pelo cargo que exerce, também existe o trabalho direto como mentora, uma novidade em relação ao início de sua carreira. Ela pode ajudar na preparação de uma profissional e aprender com a mentoria reversa, processo em que uma profissional mais jovem assume o papel de mentoria. Foi assim que Viveka afirma ter aprendido muito sobre o movimento LGBTQIA+ e ampliado ainda mais o leque de diversidades da empresa.

Para Viveka “o diferente é bonito”, pois tem mais criatividade vinda da diversidade. A CEO que valoriza o networking em todas as situações conhece bem a riqueza de um ambiente diversificado, ainda que hoje a GE tenha networking específico para mulheres, abordando assuntos que possam gerar algum tipo de inibição ou constrangimento com a presença masculina.

Essa atenção aos grupos específicos é constante na GE. A presidente explica que a preocupação não está só em trazer mais mulheres para a empresa, mas também em garantir que as profissionais possam se desenvolver profissionalmente e que tenham qualidade de vida. Por isso as iniciativas da empresa são globais, mas “cada país tem suas essências e suas dificuldades”, afirma.

Para finalizar, Viveka Kaitila chama a atenção para o fato de que cada vez mais os investidores demandam mais mulheres nos conselhos e pressionam para que as empresas tenham essa diversidade. Desta forma, além de todos os benefícios que a diversidade traz para uma empresa, existe a cobrança externa, que consolida um caminho considerado sem volta pela CEO.

Esta foi mais uma edição do Papo de Minerva, que trouxe uma referência para mulheres do mundo corporativo. O Clube Minerva é um estímulo para que cada vez mais mulheres ocupem cargos de liderança, em busca da equidade de gêneros no mercado de trabalho.

 

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