Gabriel Migliori Neto lembra os melhores momentos que passou na Poli, as vitórias que conquistou e os amigos que fez

Os momentos inesquecíveis vividos durante a faculdade são lembrados pelo resto da vida. Para Gabriel Migliori Neto, os anos passados na Escola Politécnica são exatamente isso: inesquecíveis. Em 1995 ingressou na universidade, mas sua história com a Poli começou bem antes, com seu pai e seu avô, ambos falecidos, também politécnicos. Pode-se dizer que a Escola faz parte da história da família.

Desde pequeno, desenhava aviões nas plantas de projetos de seu pai, formado em Engenharia Civil. “E aí, desde que eu me lembre, eu já falava que queria ser engenheiro”, relata Migliori. Para ele, querer engenharia foi algo natural, já que, além de seu histórico familiar, sempre foi muito bom em matemática. Conta que até o segundo colegial queria seguir os passos do pai e cursar civil mas, a partir do terceiro, descobriu que existia a engenharia de produção, que é o que acabou fazendo. 

Assim que entrou na universidade, decidiu entrar para a Associação Atlética Acadêmica Politécnica (AAAP) no time de tênis. Sua trajetória dentro da Atlética foi bem sucedida em um espaço de tempo relativamente curto. Já em 1996 assumiu como diretor de tênis e, no ano seguinte, a modalidade ganhou o Interusp, a Copa USP e o Inter Eng, que era jogado em Lins, entre as faculdades de engenharia do estado de São Paulo. “Por conta desses títulos em 97, eu ganhei o prêmio da Atlética, que era o Rato do Ano”, conta. O prêmio Rato do Ano é dado ao atleta que foi destaque entre todas as modalidades.

Ele se emociona ao lembrar dessa época, que foi tão importante em sua vida e continua sendo até hoje. Quem lhe entregou o prêmio Rato do Ano foi uma amiga sua muito próxima, com a qual mantém contato até hoje. “É tudo, todo o esforço, toda a dedicação que a gente teve de querer ganhar pela primeira vez”, diz. 

Interusp, Indaiatuba, 1999 – Poli x Pinheiros. “Momentos antes do jogo”. [Imagem: Arquivo Pessoal/ Gabriel Migliori]

Sua experiência na Atlética e o convívio com a equipe de tênis foi o que mais marcou sua passagem pela Poli. Até hoje, mantém contato com seus colegas de time. Migliori diz que de vez em quando treina com Fábio Batistela, um de seus amigos que entrou para o time de tênis em 97: “ele virou um grande amigo meu e treino com ele até hoje”.

Desde aquela época, o tênis o acompanha.  “Em 2020 eu cheguei na final. Perdi na simples em 2021, cheguei na semifinal de simples e perdi, mas tive o prazer de ser vice-campeão com ele, jogando junto com ele”, conta Migliori sobre sua vitória junto a Batistela. Foi Vice Campeão Brasileiro de Tênis (40+) em 2020 e #42 no ranking mundial (ITF Seniors 40+) em 2018.

Mesmo formado em engenharia de produção, nunca exerceu diretamente a habilitação. Seu sonho sempre foi ter seu próprio negócio e, atualmente, começou sua carreira docente como professor assistente na Faculdade Getúlio Vargas (FGV). O que ele conta é que, tudo o que aprendeu na Poli foi fundamental para sua carreira profissional. “Todo esse aprendizado eu acabei usando em outras coisas, esse raciocínio de engenheiro, alguns conceitos que eu aprendi de administração também na produção, eu acabei aplicando diretamente”, diz. 

“Isso me ajudou a desenvolver essa capacidade que eu falei de aprender a aprender, aprender a se virar e aprender a sofrer”, conta. “Capacidade de aprender rápido, essa é uma frase que resume bem a Poli”, complementa.

Hoje também atua como coordenador no PoliRetribua, que foi uma maneira de se reconectar com a Escola depois de todos esses anos. “Por tudo que eu falei, sempre tive carinho, sempre tinha aquele saudosismo, mas estava fora da minha vida até 2016”, ele conta. Por isso que decidiu entrar no projeto.

Quando conheceu o PoliRetribua, o coordenador do programa era o professor Marcos Rodrigues, que acabou o reconhecendo: “o Marcos na hora me olhou e falou: ‘você é filho do Alexandre’. E eu perguntei como ele sabia, e ele me respondeu que eu sou a cara do meu pai. O meu pai foi colega de turma dele”. Antes de entrar para o programa, os dois não se conheciam.  

Para ele, é um orgulho ter estudado na Escola Politécnica e ser, ainda hoje, um politécnico. “E vem aquela pergunta: valeu a pena, você faria de novo? Não preciso nem responder, faria tudo de novo”, diz Migliori.

*Imagem da Capa: Arquivo Pessoal/ Gabriel Migliori “Meu último InterUSP”

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